RELEASE

Conceito: Preparação que o assessor de imprensa faz para que o jornalista queira cobrir o evento. Ler Rabaça e Barbosa: Dicionário de Comunicação

-Assessor não precisa ser jornalista
-mais resumido possível
-exemplo: evento - o assessor deve explicitar
quem?
quando?
quê?
onde?
como participar?
por quê?

- guia no rodapé da página como referêwncia ao jornalista
-nome do evento
-data
-horário e local do evento
-final: nome, telefone, e-mail do contato para esclarecimento de dúvidas.

Exemplo de release

O CONSEG Jardins e Paulista realiza entre os dias 21 e 24 de setembro o III Encontro de Segurança em Portaria de Edifícios Residenciais. O objetivo é passar dicas (sic) de segurança a zeladores e porteiros. O evento também tgerá uma palestra especial sobre Segurança Eletrônica.
O Encontro será realizado no Colégio Assunção, na rua Pamplona, 1616. O número de vagas é limitado a 60 pessoas. Estão programaas palestras do Capitão da PM, Adrian`Pazzeli e de Elisabete Ferreira Sato, Delegada Titular do 78º Distrito Policial (Jardins).


Evento: III En contro de Segurança em Portaria de Edifícios Residenciais

Data: 21 a 24 de setembro
Horário: 19h30
Local: Colégio Assun~ção, rua Pamplona, 1616
Mais informações: Maria Thereza Cabral, presidente do CONSEG Jardins e Paulista.
Coodenadoria Estadual dos CONSEGS.
Renan Prates - (11)3291-6588

RELEASE GREVE

O ESTADO DE SÃO PAULO - A/C EDITORIA GERAL
JORNAL DA TARDE - A/C EDITORIA GERAL
AG. ESTADO - SAMUEL DIRCEU
RÁDIO ELDORADO AM/FM -CLEONTE PREIRA DE OLIVEIRA

Retransmitimos abaixo nota oficial da BRASTEMP sobre o movimento de paralização (sic)
parcial em S. Bernardo do Campo:

Informação à´imprensa
A BRASTEMP viu-se surpreendida por um movimento de parazação (sic) de trabalho promovido por um grupo de 130 pessoas que, ativiamente, tem coagido os demais a fazer o emso sob ameaças.

Lamentamos ver, uma vez mais, uma minoria não frepresentativa, porém bem instuída e determinada, conseguir intimidar uma maioria ordeira e trabalhadora.

Até este momento (9horas da mahã do dia 25 de fevereiro) não recebemos sequer uma proposição ou reclamação que defina o propósito do movimento, que se apresenta sem sentido e sem lógica, já que os canis de comunicação da empresa com seus empregados e com o próprio sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo sempre estiveram abertos. E, seja por iniciagiva da empresa ou por pedido de seus empregados, a empresa tem analisado e dado solução aos problemas que naturalmente surgem em uma comunidade de trabalho.

Com o própriosindicatosempre mantivemos adequadas relações no respeito e uma entidade sindicalo designada por lei como negociadora em certas ocasiões em nome dos trabalhadores da empresa.

Por todas essas razões, repetimos termos sido surpreendidos por um movimento sem in tenções claras e sem qualquer tentativa de prévio entendimento e não representativo do desejo da maioria quer trabalhar.

A empresa mantém-se serena e firme dentro de seus princípios de sempre manter canais abertos ao entendimento dentro de uma condição de normalidade de trabalho/.

Literatura nos jornais -

Houve um tempo no Brasil em que a literatura e jornalismo se confundiam nas páginas dos jornais e os escritores dominavam a cena. Críticos e críticas se transformaram ao longo dos anos, regras e códigos se estabelecem e, hojel, os jornalistas estão à frente dos suplementos culturais. O livro Literatura nos jornais - A crítica literária dos rodapés às resenhas (96 pp., R$Summus Editorial) conta detalnes dessa história. Por meio de análise da produção atual, passando pelos ancestrais das resenhas e pelo estudo dos principais suplementos do país, a jornalista Cláudia Nina reúme as características que identifiam uma resenha e aponta o que é preciso para compor um boa cr´´itica.
Professora e crítica literária, Cláudia identificou a necessidade de escrever sobre o assunto na sala de aula, pois a bibliografia sobre o tema é quase inexistente. "De fato, a quixa dos estudantes de comunicação é uma angústia compartilhada por alunos de diversos cursos. Resenha é um bicho-de-sete-cabeças que poucos aprendem a enfrentar. Isso vale não apenas para alunos; muitos professores também não têm esse conhecimento e ficam sem condições de ensinar", afirma.
Fazer uma resenha, explica a autora, é uma tarefa qaue inclui desde a interpretação da obra em questão até a capacidade de resumir idéias e concatená-las, organizando as palavras de forma atraente. "Trata-se de um exercício que enriquecce a bagagem intelectual de qualquer profissional, seja lá de que área for.Escrever um texto e começar a praticar, mesmo que esse não seja u=para publicação, vale a pena", prossegue Cláudia.
Na primeira parte do livro, a autora debagte as relações históricas entre jornalismo e literatura - duas áreas do saber que sempre estiveram inteligadas. Ela tamb´me inclui uma breve análise sobre os antigos rodapés (os ancestrais da resenha) e a divisãoda crítica na atualidade, que se reparte basicamente emcríticos-jornalistas e críticos acadêmicos, não exluindo os críticos -escritores.
Na parte prática da obra, Cláudia mostra os bastidores de produção e montagem de um caderno literário e revela alguns dos passosfundamenrais para a produção de um texto crítico, que começa sempre com com a leitura bem- feita da obra a ser trabalhada. "Criticar um livro nunca é flar apenas de um livro, pois toda obra está em conexão com outras tantas", lembra.
Segundo a autora, aprender a dispor as idéias no papel com precisãoe clareza é necessidade de todos num mundo em que os e-mailsficeeram da expressão escrita uma espécie de cartão de visitas, espelhando indisfarçáveis fragilidades verbais.
"As resenhas podem auxiliar, e muito, neste processo. Que este livro não seja um manual, enfadonho por natureza, mas um curso, um seminário ou uma conversa, que são coisas muito mais sedutoras", conclui Cláudia.
Na parte final, a autora reproduz trechos e comenta os mais importantes espaços de cr´tica em jornais e revistas. E indica ao estudante o hábito de leitura desses suplementos, para enriquecer o conhecimento sobre os diversos tipos de textos.
A autora:
Cláudia Nina é crítica literária, jornalista e professora de Teoria Literária. Ex editora do caderno Ideias & Livros, do Jronal do Brasil, escreve para a revista Entrelivros e para o caderno Prosa & Verso, do jornal O Globo. É doutora em Letras pela Universidade de Utrecht, na Holanda, onde defendeu a tese Exilic/nomadic itinieraries in Clarice Lispector's works, que, no Brasil, foi publicada com o título de A palavra usurpada: exílio e nomadismo na obra de Clarice Lispector, pela EDIPUCRS.
Na PUC - Rio, na disciplina Jornalismo Literário, ministrou o curso "Suplementos literários: como escrever e editá-los", que foi a base do livro. Foi também editora de arte do site Traça On-line, de crítica literária, montado com base no livro de edição dos suplementos. Em 3003, ganhou a bolsa Prodoc da Capes com um projeto intitulado Crítica na PUC-Rio sobre as narrativas da contemporaneidade. Cláudia nasceu no Rio de Janeiro, onde mora.

Resenha - Livro "Literatura nos jornais"- Paula Barcelos - RASCUNHO

RESENHA 1
Já nas primeiras páginas a autora deixa claro a que veio sua publicação: "que este livro não seja um manual enfadonho por natureza, mas um cursom um seminário, ou uma conversa, que são coisas muito mais sedutoras". A sedução (ou a tentativa) em questão é o novo livro da jornalista e doutora em Letras pela Universidade de Utrecht, Holanda, Cláudia Nina. Em Literatura nos jornais, a ex-editora do caderno e Idéias e livros, do Jornal do Brasil, explora de maneira didática a fronteira entre os universos jornalísticos e literário. Desde os folhetins de Machado de Assis a suplementos contemporâneos como o Mais, (hoje Ilustríssima -observação minha), da Folha de S. Paulo e o Prosa & verso de O Globo - acrescento Caderno 2, de O Estado de S. Paulo - , nada passa despercebido (o que não descarta uma certa superficialidade).
Depois de um semestre, como professora de Comunicação na PUC -Rio, Cláudia Nina chegou a uma conclusã: para a maioria dos alunos, a "resenha é um bicho de see cabeças". Curso terminado, a inquietação da jornalista permanceu. A escassez de uma bibliografia básica sobre cr´tica literária na imprensa impulsionou sua bolsa de pós-doutorado no Departamento de Letras da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). Literatura nos jornais é justamente fruto de tal trabalho de pesquisa. Mais uma dica, portanto: o público alvo são estudantes de Letras, Jornalismo ou curiosos de plantão. Paa os já iniciados à crítica na imprensa e, consequentemente, à sua história, a obra de Cláudia Nina deixa a desejar. Em especial, se compararmos a outras publicações brasileiras relacionadas ao tema, como Sobre a crítica literária brasileira no último meio século da Professora da USP, Leda Tenório da Mota, em O livro no jornal, da jornalista Isabel Travancas.
Dividido em três capítulos - Jornalismo e literatura, A resenha e Breve retrato dos cadernos literários -, o livro de Cláudia Nina tem como marca o tom professoral. A partir de perguntas retóricas, a jornalista desdobra os caminhos da crítica. Nascida no século 19, junto à imprensa, o uso de trocadilhos e o excesso verbal, como pontua a auora, caracterizavam as reflexões literárias desse período. Soma-se ainda a tradicional e ainda representativa ação entre amigos e inimigos (elogiar a obra do colega e destruir a de um desafeto. Sinal de imaturidade, de acordo co a jornalista. Feflexo do marasmo da crítica e de certa hipocrisia que paira na vida literária? Também não há dúvidas.
Em um pulo no tempo, Cláudia vança para a crítica de rodapé do século 20. Época do surgimento da faculdade de Letras no Brasil e da famosa briga intelectual entre Álvaro Lins e Afrânio Coutinho. No fim dos anos 40, como nos conta a autora, o impressionismo crítico (aplicado por Lins nos rodapés) passou a ser combatido por Coutinho, recém-chegado dos Estados Unidos, no suplemento literário do Diário de Notícias. Foi nesse momento, em especial, que a birra entre a crítica produzida pela academia e pelos j0rnais se acirrou. "Enquanto nas universidades os professores elaboram e especializam cada vez mais os discursos, nos meios de comunicação simplifica-se a loinguagem escrira a gosto do jornalismo moderno".
Se apontar elementos negativos em uma obra não é apenas importante como inevitável, conforme afirmação da própria autora, chegou a hora de apontá-los. Da análise da crítica impressionista da primeira metade do século 20, a obra de Cláudia Nina salta para o tópico A crítica de hoje e suas querelas. Apresenta, portanto, uma lacuna significativa no que diz respeito aos anos 50 e 60. Décadas, por sinal, que atiçaram os fervores literários. Época do nascimento do concretismo, da circulação das revistas das revistas Clima e Noigrandes, do auge do Suplemento Dominical do Jornal do Brasil e, em especial, da página Poesia-Experiência, de Mário Faustino. Conhecido como o anjo e o diabo dos poetas, Faustino revolucionou a cr´tica, tanto na forma quanto no conteúdo. Mesmo assim, ficou de fora do Literatura nos Jornais. Recuperar a partipação de Faustino na história literária brasileira é um trabalho imprescindível para os próximos estudos de crítica que certamente virão.
Por ter um pé na academia e outro em redação de jornal, com maestria, nos últimos dois capítulos, Cláudia Nina expõe com naturalidade os bastidores de um suplemento literário. Desde a escolha dos livros a serem resenhados (assume que o gosto pessoal do editor influencia) à cobrança do mercado editorial, tudo é esmiuçado pela autora. Aqueles que pretendem trabalhar em suplementos ou mesmo aos escritores que nunca entendem bem os critérios editoriais de um caderno literário, a reta final do livro é, de fato, uma aula. Aos iniciantes, em particular, as quese 15 páginas de bibliografia enriquecem muito a leitura.
É como acentua a jornalista:"Na verdade, amarrar conclusões quando se trata de fazer uma resenha é limitar a compreensão de um livro. Esta lição de crítica jamais pode ser esquecida: ninguém é juiz de nada." Ou nas palavras de Pound, basta de comentar a coisa, olhemos para ela, é o melhor a se fazer.

RESENHA 2

LITERATURA NOS JORNAIS
Houe um tempo no Brasil em que literatura e jornalismo se confundiam nas páginas dos jornais e os escritores dominavam a cena. Críticos e críticas se transformaram ao longo dos anos, regras e códigos se estebeleceram e, hoje, os jornalistas estão à frente dos suplementos culturais. O livro eratura nos jornais - A crítica literária dos rodapés às resenhas (96 pp.R$24,90, Summus Editorial) conta detalhes dessa hisória.

Resenha - Literatura nos jornais

Jornalismo opinativo

Para Melo:
Gêneros opinativos:
1.Editorial
2.Comentário
3. Artigo
4. Resenha ou crítica
6. Coluna
7. Crônica
8 Caricatura - Charge
1. EDITORIAL: "ênero jornalístico que expressa a opinião oficial da empresa diante dos fatos de maior repercussão no momento. Todavia, a sua natureza de porta-voz da instituição jornal´stica precisa ser melhor compreendida e delimitada.
Reflete não exatamente a opinião dos seus proprietários, mas o consenso das opiniões que emanam dos diferentes núcleos que participam da propriedade da organização. Além dos acionistas majoritários, há financiadores que subsidiam a operação as empresas, existem anunciantes que carreiam recursos regularesw para os cofres da organização através da compra de espaço, além de braços do aparelho burocrático do Estado que exerce grnde influência sobre o processo jornalístico pelos controles que exerce no âmbito fiscal, previdenciário, financeiro."
epaço de contradições - teia de articulações políticas - exercício de equilíbrio semântico.
Características: clareza, necessidade de apreensão dos fatos nos seus desdobramentos, condensalidade (pouco termpo para leitor).

Títulos

Qual é melhor?
a)Fila única de transplante é a segurança do doador
b)Fila única é garantia de transplante com segurança

a)Projeto leva oficinas culturais aos Centros de Integração da Cidadania
b)Peg Livros leva oficinas culturais aos Centros de Integração da Cidadania

Numerais - FOLHA DE S. PAULO

Quantias em dinheiro
1. Por extenso: de zero a 10 além de cem e mil.
2. iguais ou maiores de 10 mil ou maiores: algarismo com a palvra que designa ordem de grandeza: Houve mais de 20 mil desabrigados. Há países com mais de 1 bilhão de habitantes. A mudança prevê um gasto de mais de R$1 milhão.
(Folha, 13-8, p.D12.)O Ministério do Esporte disponibilizou R$2 milhões.
Folha, 13-8, B11A Caixa Econômica terminou oprimeiro semestre com lucro de R$1,7bilhão. Folha, 13-8, Mercado Aberto:Sozinha, a Caixa quase duplicou o volume de empréstimos imobiliários contratados - passou de R$20,875 bilhões para R$38,826 bilhões. (...) pouco acima de R$200mil.
BOM DIA:Ouro Verde investe R$280 mi na ampliação da frota
BoM DIA: Alkmin e Mercadantre gastaram R$2,7 mi com contratação de serviços
Estado:Roseana simulou empréstimo para repatriar US$1,5mi, indica relatório -15-8 - A4(título)
Estado: Encomendas de fim de ano indicam consumo recorde de R$98bi no Natal (título)
Estado:Os brasileiros devem gastar R$98 bilhões neste Natal.

Tempo
BOM DIA: Dilma terá 3min20s a amis que Serra bo horário eleitoral na TV (título)
A candidata do PT à Presidência, Dilma Roussef, terá 3 minutos e 20 segundos a mais que ...
A coligação de Dilma terá 10min39seg em cada um dos dois blocos de 25 minutos

Desenvolvimento do lide de acordo com a importância dos elementos

O Estado de S. Paulo, Ed. 9-8-10, p.C3

No oitavo assalto do ano em shoppings paulistanos, sete homens armados com pistolas e revólveres invadiram o Santana Parque Shopping, na zona norte, às 22h30 de anteontem. Os ladrões entraram simultaneamente na Casa das Alianças e na JK Alianças. Levaram peças de mostruários e R$1,3mil. Houve tiroteio. Dois seguranças e supostamente um ladrão ficaram feridos. Bandidos fugiram em um kA e uma Saveiro(402 caracteres).
Quem?Sujeito do assalto: Sete homens armados
Quem? Objeto do assalto: Casa das Alianças e JK Alianças.
O quê?: oitavo assalto em joalherias
Quando?:
Por quê: levar joias
Como?:ladrões armados com pistolas e revólveres entraram simultaneamente nas lojas citadas
Conseqüência : houve tiroteio, dois seguranças ficaram feridos
a) Importância no objeto: O Santana Parque Shopping, na zona norte, foi invadido por ladrões...
b) Importância no quando: 22h30 de anteontem, ladrões invadiram o Shopping
c) Importância no por quê (ou para quê): Para roubar joias, ladrões invadiram...

Lide - tipos de lide

Notícia: relato de fatos ou acontecimentos atuais, de interesse e importância para a comunidade, e capaz de ser compreendido pelo público.

NOTÍCIA= lide + documentação (entrada + corpo)

O LIDE
1) Primeiro parágrafo da notícia em jornalismo impresso, embora possa haver outros lides em seu corpo . (TV= cabeça-de- matéria). LAGE, Estrutura da notícia, p.16

2. Abertura de texto de notícia de jornal impresso, no qual se apresenta sucintamente o assunto ou se destaca o fato essencial, o clímax da história. Deve ser redigido de modo a “fisgar” o interesse do leitor para a leitura de toda a matéria. Na construção do lide, o redator deve responder a cinco questões básicas da informação: o quê?, quem?, quando?, onde? Como?, por quê? - 3Q-CO-PQ.
a) Não se começa pelo verbo (exceções);
b) começa-se pelo sintagma nominal ou circunstancial mais importante; se o mais interessante é o sujeito (sintagma nominal sujeito) ou a ação em si, usa-se a ordem direta, isto é, começa-se pelo sujeito.
c) se o interesse maior recai sobre o objeto direto (o que o fulano disse): discurso direto e discurso indireto; se não for o caso de citações, usa-se a voz passiva, e o objeto direto se transforma no sujeito.
d) se recai sobre o objeto indireto, usa-se o verbo que tem relação de antonímia: Dar/receber
e) tempo verbal: pretérito perfeito: notícia é fato acontecido;
futuro: notícia anuncia fato previsto;
imperfeito: ação durativa, continuada.
raramente no presente
f) extensão: 8 a dez linhas de cerca de 5cm.


Tipos de lide

Lide simples: refere-se só a um fato principal:
Uma descompressão explosiva maciça a 7.000 mil metros de altura provocou a queda, ontem, nas proximidades de Saigon, do avião C5AGaiaxy, o maior do mundo, que transportava 150 crianças sul-vietnamitas órfãs, para os Estados Unidos.
Lide composto: anuncia vários fatos importantes, abrindo a notícia:
Inauguração da Biblioteca Pública municipal com 20 andares, sessão solene na Câmara Municipal para a entrega de pergaminhos aos novos cidadãos paulistanos, jogo entre o Palmeiras e o Grêmio (de Porto Alegre) e a chegada do concorde, em sua viagem inaugural entre Paris e Viracopos, assinalarão domingo próximo o aniversário da fundação de São Paulo. O presidente da República desembarcará em Congonhas às 8 horas e, depois de participar de todas as comemorações, retornará a Brasília à noite.
3.Lide integral 3Q +O + P +C dá noção exata do fato:
Estudantes paulistas pçrometem pra a tarde de amanhã novos atos de protesto pelas ruas centrais da capital e, além dessa passeata, pretendem realizar comícios para denunciar a indiscriminada criação de faculdades de fins de semana.
Lide suspense ou dramático (provoca emoção):
Enquanto os bombeiros de Belo Horizonte acreditam que poderão salvar o menino Joaquim Silva, de dois anos, que caiu ontem, às 23 horas, em um poço, no quintal de sua casa, à rua Presidente Wilson, 500, os médicos do pronto-socorro afirmam que o menor dificilmente suportará as dores das fraturas que sofreu, se não for retirado até a manhã de hoje.
Equipes de socorro estão no local, mas seu trabalho tem sido prejudicado, em conseqüência do perigo de desmoronamentos.
Lide flash (flash, jornalisticamente, quer dizer relâmpago, ou introdução lacônica de uma notícia):
Estudantes da capital prometem novos atos de protesto, amanhã, contra a criação de faculdades de fins de semana.
Lide citação (citação):
Este ano não será possível construir nova estação de passageiros no aeroporto local”, declarou o diretor de Viracopos.
Lide contraste: (mostra fatos diferentes e antagônicos):
Enquanto o milionário Pedro da Silva acertava, ontem, sozinho, a megassena. Seu irmão, Antônio da Silva, era sepultado como indigente, no Cemitério da Saudade. Seu corpo fora encontrado no pequeno barraco, construído com tábuas, no qual vivia em bairro periférico.
Lide chavão: (ditado ou slogan – raro):
“Quem com ferro fere, com ferro será ferido” – declarou ontem Pedro Silveira, para justificar ter assassinado Joaquim de Ameida, que matara seu pai, em janeiro de 1989.
Lide documentário (base histórica):
O campus da Pontifícia Universidade Católica foi inaugurado ontem, com a presença do Núncio Apostólico no Brasil, do Ministro da Educação, reitores, autoridades e convidados. (Em seguida, descreve-se a cerimônia resumidamente, no lide, de maneira a que, no futuro, o texto possa servir como elemento histórico, a respeito da inauguração):
11. Lide direto (anuncia a notícia sem rodeios, indo diretamente ao fato):
Um terremoto, com a duração de 15 segundos, destruiu hoje parcialmente a capital da Nicarágua, provocando 500 mortes e ferindo 10 mil pessoas.
12. Lide pessoal (dirige-se ao leitor):
Você poderá , a partir de hoje, telefonar para a delegacia da Receita Federal, a fim de obter esclarecimentos sobre suas dúvidas quanto ao preenchimento da declaração do Imposto de Renda.
Fonte: ERBOLATO, Mário. Técnicas de Codificação em Jornalismo.2.ed. São Paulo, Ática, 1991.
13. Lide narrativo (LAGE)
Um vulto infantil que passeava no parapeito do 5º andar do Edifício Caminha, na esquina princiupal de Ubatuba (SP), atraiu multidão, mobilizou os bombeiros e terminou levando à delegacia o dono de um circo: era o anão acrobata que se exibia para promover o espetáculo

Comentário PVC-Imprensa não torce

Jornalista nenhum vai à Cpa do Mundo para cobrir seu próprio umbigo, ou seja, ninguém viaja para falar da própria imprensa. Para discuti-la, já existem sites e programas suficientes, como o "Comunique-se" e o "Observatório da Imprensa".
Mas a semana em Johanesburgo registrou tantas confusões sobre o correto papel dos jornalistas que exige uma reflexão. Já na primeira pergunta, da primeira entrevista cletiva, a apresentadora da TV Record, Mylena Ciribelli, errou na medida:"Queria dizer que, antes de jornalistas, smos torcedores do Brasil", afirmou. Nem ela está certa nem o técnico da seleção, aodizer que há 300 jornalistas torcendo contra o Brasil.
Cada frase malformulada, por quem tem por ofício usar as palavras, aumena otamanho da bagunça mental de quem joga o Mundial.
Os jogadores e o técnico acham mesmo que uma das missões da imprensa é ajudar a seleção. Não é.
"Eu conheç muitos jornalistas que torcem a favor", disse Kaká, na sexta-feira. Mais uma confusã. Jornalista nenhum deve ir à Copa para torcer, nem contra nem a favor de seleção nenhuma.
Não quer dizer que se esteja proibido de socar o ar na hora do gol Quer dizer que os jogadores e a comissão técnica deveriam entender que uma notícia não deixará de ser feita, mesmo que provoque um terremoto na concentração brasileira. O tempo dirá se a avaliação foi correta ou equivocada.
No exercício de sua profissão, jornalista não tem time, não amigo nem inimigo. Seu gol é a notícia. Gol cntra é informação errada. Nesse caso, é preciso corrigir rápido e, mesmo assim a seleção terá razão em brigar, espernear, processar.
Mas não diga que os jornalistas não notaram a educação dos zimbabuanos só porque preferiram o enfoque político, por jogar na terra do ditador Mugabe. A muitos, isso pareceu mais relevante.
Como nos dias de blogs e portais todo mundo é jornalista ou pensa que é, Dunga também esteve do outro lado do balcão.Foi comentarista da TV Bandeirantes, em 2006. Pois, na quinta, ao dizer que a imprensa foi quem disse primeiro que Weggis foi uma balbúrdia, foi questionado sobre a sua opinião. Respondeu que não ia aos treinos e só comentava jogos no estúdio ou no estádio.
De fato, a rotina dos comentaristas de TV exige muito tempo no Centro de Imprensa. Mas ir à Copa e não ver nenhum treino? Dunga não entende mesmo o papel dos jornalistas.

Crônica de Rádio Ideal

A CRÔNICA DE RÁDIO IDEAL
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O primeiro grande mandamento de uma crônica no rádio, de qualquer programa no rádio, é tratar o ouvinte com respeito, o que vale dizer: a consciência de que além do microfone há pessoas inteligentes, há humanos, enfim, que dividem conosco aquele momento. O segundo mandamento, portanto, é perder toda e qualquer atitude professoral, porque o privilégio que usamos naquele instante é circunstancial, e mais experiência possui o público do que sonha nossa vã imaginação. O terceiro é saber ler. Isso quer dizer: ler com emoção, com absoluto cuidado na ênfase e decréscimo das palavras, ler com ironia, ler com todo o ser, em resumo. Ler com todo o ser. Fazer da leitura uma experiência, como se fosse a última vez. Isso quer dizer, portanto, que as palavras têm que ser desentranhadas do seu casulo escrito. Isso quer dizer que a leitura exige recursos de ator, se por isso não entendemos o mau gosto das impostações de voz artificiais, ou, supremo mal dos males, as entonações melodramáticas. O texto deve ser interpretado com a voz que não passa a impressão de interpretar. Como dizer isso? – O texto merece uma interpretação natural, que se dê em um fluxo de conversa em uma sala, como um diálogo entre duas pessoas. Ainda que fale para milhões de pessoas, o locutor se dirige a um só ouvinte. Como um João Gilberto da fala. É claro que o locutor, naquele segundo terrível em que se acende uma luz vermelha no estúdio, o que o deixa na condição dos condenados à cadeira elétrica no momento em que se assentam e um carrasco anuncia, “no ar”, é claro que o locutor deve e tem que ser ajudado por um texto. Ora. Chegamos aqui ao mais difícil. Se o texto radiofônico em geral tem que ser escrito para a fala, e isso exige frases curtas, porque, tenham piedade, os pulmões de ninguém conseguirão alento em frases repletas de circunlóquios e perífrases, a crônica do rádio em particular guarda um pouco mais de dificuldade. Do seu natural gênero híbrido, o de ser texto para o dia e texto para qualquer dia, no rádio a crônica recebe outra marcação mais decisiva: as suas frases devem ser versos. Quero dizer, as frases devem guardar um sentido autônomo, que se realizam em um crescendo, e mais uma vez valemo-nos de outros reinos: as frases devem soar como uma composição musical. Mas não só. 1) As palavras têm que ser as mais simples, de domínio público; se for imprescindível uma estranha ao léxico popular, que se esclareça de imediato o seu sentido.2) Elas podem e devem ser repetidas, sempre que o sentido de ritmo exigir, sempre que for insubstituível no seu significado e na sua força.3) O texto deve caminhar, se possível, com alguma composição, composição sem letra, é claro, cujo espírito lhe seja harmônico. Em uma palavra: música, discreta, a ser combinada com o autor.E mais importante, o que me parece um autêntico salto de gato. A crônica radiofônica (“radiofônico”, esse palavra polissílaba, quase impronunciável no ar) deve ter uma idéia construída desde a primeira letra até o ponto final. Em um crescendo para um tempo breve. Não chega a ser um poema porque não possui elipses, nem frases de múltiplos significados. Mas guarda do poema a sua brevidade e movimentos, versos-frases, autônomos. Isso obedece a uma razão simples, sem preciosismo ou frescura. O texto lido no rádio não admite replay. A frase falada não admite uma volta, um retroceder. No ar, existe uma ordem: “digas a que vens e desapareças”. Por isso digo agora: fui.

Crônica radiofônica - Antônio Mendonça - Rádio Eldorado

A menina saltando na calçada, chamando a atenção: suja, malvestida, descalça, ela corre de um lado para outro, brinca, se diverte como se a vida fosse só isso, sua roupa, sua sujeira não existisse, ou fosse (....?) da felicidade. Seus irmãos, primos ou amigos, pedem esmolas com o trânsito parado. Correm para a rua cada vez que o sinal fecha. Se colocam na frente dos carros, com limões e laranjas ou pedaços de pau e iniciam malabarismos mambembes com pouco sucesso, que os obriga a abaixarem constantemente, para recuperar omalabarismos objeto de trabalho. Depois, com caras de anjos, se aproximam das janelas com a mudança de expressão quando não recebem a esmola pedida. Enquanto isso a menina cntinua pulando, correndo e brincando, a calçada é o jardim encantado onde a vida pega leve, e é possível brincar, em vez de pedir esmolas feito seus companheiros. Um deles maior vê a menina brincando. Se irrita ao chegar perto dela e dá-lhe um tapa na cabeça. A menina corre dele, chora, protege a cabeça com os braços finos, procura mostrar indiferença, continuando a saltar na calçada. Toma outro tapa e outro. Ninguém sai de dentro dos automóveis, ninguém a socorre. Os outros meninos continuam esmolando indiferentes. A menina para de brincar. Vai pra rua, se aproxima da janela do carro, o motorista vira a cara. No carro serguinte, o motorista faz que não com a mão. O outro sou eu. O que fazer? Dar esmola ou não? Dar é incentivar a menina a continuar na rua. Não dar é uma judiação. A resçposta é sua.
Antônio Penteado Mendonça, para a Rede Eldorado.

Crônica radiofônica - Eldorado-24-5-10

Ainda não é oficial, mas é quase certo que São Paulo se prepara para conc0rrer a um dos mais importantes prêmios dados às cidades brasileiras que se destacam em áreas específicas atuais. Se for verdade, não será a primeira vez que participamos. Pelo contrário, São Paulo já foi tricampeão, deixando de concorrer para dar uma chance a outras cidades, que fazem investimentos pesados, mas não tinham cacife para vencer a megalópole e todo seu potencial. Depois o prêmio foi esquecido. Outras prioridades tomaram seu lugar e durante anos, simplesmente ficamos de fora, ficamos de fora, apesar do prestígio que a laura do tal vencedor, com o patrocínio direto do governo suíço com parceria com a conhecida Dupont (?) do queijo do queijo furado o troféu mais suiço das cidades brasileiras e reconhecida internacionalmente e dá grande visibilidade aqui entre nós. Dito isso, vamos aos fatos que levam à quase certeza de que já há uma decisão política de retomar uma carreira vitoriosa para, se tudo der ceerto, vencermos pela quarta vez.
As chuvas ainda não começaram a cair com a violência do verão e as ruas paulistanas já estão mais furadas que um belo (??????????). São buracos de todos os tamanhos, de profundidades e formatos, espalhados por todas as regiões da cidade, mas de preferência em em ruas e avenidas onde os danos sejam maiores. Um deles, inclusive, se instalou numa faixa de pedestres para pegar gente desprevenida, que acha que buracos só querem fazer mal aos veículos. Por isso mesmo, sem saber o que os outros estão fazendo, nesse ritmo, com certeza, o prêmio já é nosso.
Antônio Penteado de Mendonça, para a Rede Eldorado.

Comentário político - Jabor-10-5-10-CBN

Comentário analítico – interpretativo –
Rádio BANDEIRANTES – Joelmir Betting – 10-5-1010

A Petrobras informou, neste fim de semana, que a produção brasileira de petróleo em abril arrancou um novo recorde, em matéria de média diária no mês: dois milhões e trinta e três mil barris. A meta é alcançar dois milhões e cem mil, lá na conta de dezembro. A estatal não deve ter gostado, porém, da queda dos preços de petróleo nas bolsas de Londres e Nova York. Queda de 13 por cento, na semana passada, contentando-se com setenta e cinco a setenta e sete barris. Para a Agência Internacional de Energia, a projeção do preço médio para este ano, tempo de recuperação da economia global, salvo, Grécia em contrário, está na banda de um e setenta e cinco a um a oitenta e cinco, perdão, 75 e 85. Para a Petrobras, no seu plano estratégico de 2010 e 2014, a produção no pré-sal ficará viabilizada com o barril acima de 40 dólares, metade da cotação de hoje. Até porque segundo o Instituto Brasileiro do Petróleo, em dado não confirmado até agora pela Petrobras, o custo de produção no pré-sal não passará de 50. de 28 dólares o barril, 22, o dobro da média mundial, aqui, em 2010. E no seu programa de cinco anos, a Petrobras joga com barril a 55, com o dólar a dois e 15. No mais, o Brasil ensaia passar de importador a exportador de petróleo a partir de 2015. No momento, está havendo empate técnico entre produção nacional e consumo interno. É... quer dizer a gente não importa, mas também ainda não exporta. Mas já estamos comprando óleo diesel lá fora que falta aqui dentro, em troca de gasolina que sobra aqui dentro. Se no díesel, a mistura do biodíesel ainda não chegou cinco por cento, na gasolina, a mistura do etanol, ou anidro, voltou a 25 por cento, um litro de etanol para cada quatro de gasolina. Na soma da mistura, com as opções livres dos motorizados pelo etanol, nos carros flex, a substituição da gasolina pelo etanol alcança, agora em maio, nada menos de 57 por cento. Yes. Para inveja do mundo inteiro, nós já podemos desfilar nos automóveis o selo de a frota mais verde do mundo. Mais verde não, a única.

Entrevista radiofônica

UNESP – FAAC
Curso de Comunicação – Habilitação: jornalismo
Técnica Redacional I
Prof. Chamadoira

Entrevista
1 Conceito: Beltrão (apud Bertolato): “Técnica de obtenção da matéria de interesse jornalístico, por meio de perguntas a outrem.”
Para Juarez Bahia: “Reportagem provocada”
1.Tipos de entrevista;
a)Noticiosa
b)De opinião
c)Com personalidade
d)De grupo ou enquete
e)Coletiva
2. Fases da entrevista
Preparação realização tratamento transmissão
3.Fatores que intervêm na entrevista
a)estilo individual, empatia com o público e qualificações do entrevistado;
b)as posições, o grau de informação e a representatividade do entrevistado;
c)tempo disponível par preparação e realização;
d)forma de transmissão: ( ao vivo ou gravada) ;
e)estilo e o público ouvinte
4. Algumas recomendações
a) prepare-se ; leve o material;
b) a agilidade do rádio impede o agendamento; explique ao entrevistado;
c)conheça o assunto objeto da entrevista;
d)deixe o entrevistado à vontade, desenvolva empatia com ele;
e) conduza a entrevista; não dê opinião; a opinião do entrevistado é que interessa.
f)seja cordial, respeite o entrevistado, mas não seja subserviente ou agressivo;
g)use o tratamento segundo a função do entrevistado ou pronome “senhor”; com jovens, use “você”;
g) não se esqueça de identifica o entrevistado; identifique-o também no decorrer da entrevista, a cada três perguntas;
h)sugira sempre ao entrevistado para ele fornecer respostas objetivas e curtas;
i) procure colocar-se no lugar do público ouvinte;
j)antes da entrevista gravada ou ao vivo, converse com o entrevistado sobre as perguntas e respostas;
l) na entrevista coletiva, fique o mais próximo possível de quem vai falar, para uma boa qualidade de som;
m) se a pessoa “foge da pergunta” reconduza-o na questão;
n)evite pergunte cuja resposta pode ser um “sim” ou um “não”;
o)evite perguntas a um, parente de uma pessoa morta num acidente;
p)respeite o nível social do entrevistado e do ouvinte.
q) deixe o entrevistado concluir o raciocínio dele.
(Fontes: ERBOLATO, Mário e FERRETTO, Luiz Artur.

Literatura nos jornais


Houve um tempo no Brasil em que literatura e jornalismo se confundiam nas páginas dos jornais e os escritores dominavam a cena. Críticos e críticas se transformaram ao longo dos anos, regras e códigos se estabeleceram e, hoje, os jornalistas estão à frente dos suplementos culturais. O livro Literatura nos jornais – A crítica literária dos rodapés às resenhas (96 pp., R$ 24,90, Summus Editorial) conta detalhes dessa história. Por meio da análise da produção atual, passando pelos ancestrais das resenhas e pelo estudo dos principais suplementos do país, a jornalista Cláudia Nina reúne as características que identificam uma resenha e aponta o que é preciso para compor uma boa crítica.
Professora e crítica literária, Cláudia identificou a necessidade de escrever sobre o assunto na sala de aula, pois a bibliografia sobre o tema é quase inexistente. “De fato, a queixa dos estudantes de comunicação é uma angústia compartilhada por alunos de diversos cursos. Resenha é um bicho-de-sete-cabeças que poucos aprendem a enfrentar. Isso vale não apenas para alunos; muitos professores também não têm esse conhecimento e ficam sem condições de ensinar”, afirma.
Fazer uma resenha, explica a autora, é uma tarefa que inclui desde a interpretação da obra em questão até a capacidade de resumir idéias e concatená-las, organizando as palavras de forma atraente. “Trata-se de um exercício que enriquece a bagagem intelectual de qualquer profissional, seja de que área for. Escrever um texto e começar a praticar, mesmo que esse não seja para publicação, vale a pena”, prossegue Cláudia.
Na primeira parte do livro, a autora debate as relações históricas entre jornalismo e literatura – duas áreas do saber que sempre estiveram interligadas. Ela também inclui uma breve análise sobre os antigos rodapés (os ancestrais da resenha) e a divisão da crítica na atualidade, que se reparte basicamente em críticos-jornalistas e críticos-acadêmicos, não excluindo os críticos-escritores.
Na parte prática da obra, Cláudia mostra os bastidores de produção e montagem de um caderno literário e revela alguns dos passos fundamentais para a produção de um texto crítico, que começa sempre com a leitura bem-feita da obra a ser trabalhada. “Criticar um livro nunca é falar apenas de um livro, pois toda obra está em conexão com outras tantas”, lembra.
Segundo a autora, aprender a dispor as idéias no papel com precisão e clareza é necessidade de todos num mundo em que os e-mails fizeram da expressão escrita uma espécie de cartão de visitas, espelhando indisfarçáveis fragilidades verbais.
“As resenhas podem auxiliar, e muito, neste processo. Que este livro não seja um manual, enfadonho por natureza, mas um curso, um seminário ou uma conversa, que são coisas muito mais sedutoras”, conclui Cláudia.
Na parte final, a autora reproduz trechos e comenta os mais importantes espaços de crítica em jornais e revistas. E indica ao estudante o hábito de leitura desses suplementos, para enriquecer o conhecimento sobre os diversos tipos de texto.
A autora
Cláudia Nina é crítica literária, jornalista e professora de Teoria Literária. Ex-editora do caderno Idéias & Livros, do Jornal do Brasil, escreve para a revista EntreLivros e para o caderno Prosa & Verso, do jornal O Globo. É doutora em Letras pela Universidade de Utrecht, na Holanda, onde defendeu a tese Exilic/nomadic itineraries in Clarice Lispector’s works, que, no Brasil, foi publicada com o título de A palavra usurpada: exílio e nomadismo na obra de Clarice Lispector, pela EDIPUCRS.
Na PUC-Rio, na disciplina Jornalismo Literário, ministrou o curso “Suplementos literários: como escrever e editá-los”, que foi a base do livro. Foi também editora do site Traça On-line, de crítica literária, montado com base no curso de edição dos suplementos. Em 2003, ganhou a bolsa Prodoc da Capes com um projeto intitulado Crítica literária em uma perspectiva histórica. Atualmente desenvolve pesquisa de pós-doutorado na PUC-Rio sobre as narrativas da contemporaneidade. Cláudia nasceu no Rio de Janeiro, onde mora.
Título: Literatura nos jornais – A crítica literária dos rodapés às resenhas
Autora: Cláudia Nina
Editora: Summus Editorial
Preço: R$ 24,90
Páginas: 96
ISBN: 978-85-323-0371-4
Atendimento ao consumidor: 11-3865-9890
Site: www.summus.com.br