Release

Evento debate Jornalismo e Publicidade no rádio

O II ENCO RÁDIO - Encontro em Comemoração do Rádio – 86 anos –, promovido pelo Departamento de Ciências Humanas da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC) da Unesp, abordará o tema "Jornalismo e Publicidade no Rádio".
O tema é resultado da convergência entre notícia, entretenimento e comerciais nos meios de comunicação, uma vez que a Publicidade viabiliza financeiramente a produção de conteúdo jornalístico.
O evento tem a coordenação do Prof. Dr. João Batista Neto Chamadoira, produtor e apresentador do programa “Poesia e Prosa”, veiculado pela Rádio Unesp FM, e da Profa. Dra. Lucilene Gonzales, coordenadora do projeto experimental “Minuto Consciente”, também apoiado pela Rádio Unesp FM.
Dia 15 de outubro, acontecerá às 19h30, na sala 2A, um colóquio com a presença dos profissionais Amauri Muniz – produtor musical e fundador do estúdio Mister REC –, Pedro Vaz – coordenador de programação da Rádio Universitária Cásper Líbero/Gazeta – e Rafael Mainini – jornalista, apresentador e locutor da Rádio Bandeirantes. A entrada para o colóquio é gratuita e aberta a toda a população.
Dia 16, das 14h às 17h, será oferecida a oficina “Técnicas de Produção Publicitária em Áudio”, por Alexandre Pittoli – radialista da rádio 94FM Bauru, apresentador de comerciais e professor do SENAC –; das 19h30 às 22h30, a segunda oficina “Locução Radiofônica”, será coordenada pela professora de Rádio e Locução do SENAC, Paula Gasparini, ambas no Laboratório de Técnica Redacional.
As inscrições para o colóquio e para as oficinas podem ser feitas no Departamento de Ciências Humanas, lembrando que as oficinas têm vagas limitadas e custam R$ 5,00 cada.

Serviço:
Evento: II ENCO- RÁDIO - Encontro em Comemoração do Rádio - 86 anos.Quando: 15 e 16 de outubro
Onde: Unesp, campus de Bauru
Inscrições: Departamento de Ciências Humanas - 3103 6064



Dia 16, a partir das 14h,serão oferecidas duas oficinas, “Locução Radiofônica” e de “Técnicas de Produção Publicitária em Áudio”, no Laboratório de Técnica Redacional. A primeira oficina será ministrada pela professora de Rádio e Locução do SENAC, Paula Gasparini, com duração de três horas. No mesmo local, das 19h30 às 22h30, Alexandre Pittoli – radialista da 94 FM Bauru, apresentador de comerciais e professor do SENAC – coordenará a segunda oficina.

Textos de revistas

O TEXTO DE REVISTA
Textos de revista
Periodicidade: semanal, mensal.

No caso da notícia:
a) Maior tempo para planejar e escrever – roteiro; pode-se escrever com arte.
b) Revista aborda o assunto e não o fato.
c) Verbos dicendi: alfinetar, cutucou, lamentou,etc; evitar a mesmice do “disse”, “afirmou”.
d) Ordem: depende da intenção; não há lide.
e) Revista Isto é, surgiu para concorrer com Veja; procurou ser mais original, com maior subjetividade, pessoalidade).
f) trechos econômicos
g)Mais importante sugerir do que mostrar:
Exemplos:”Naquele mês , aconteceram 23 arrombamentos de casas numa cidade que não passa de três quarteirões alinhados. Os esforços da polícia eram inúteis , e os moradores idosos morriam de medo de sair à noite. . JPA, cabelos escuros, uma ativa voluntária da comunidade e da igreja católica, mãe de três adolescentes, era tímida feito uma criança. Mas ela estava já cansada de se sentir vítima.”
Texto mais enxuto:
“JPA morava numa rua onde o crime havia se tornado comum, e os moradores mais idosos morriam de medo de sair à noite. Vinte e três casas foram roubadas num único mês. Mas JPA cansou de se sentir vítima.”
Frases mais curtas. Trechos com antíteses.
Texto de revista = mais investigativo e interpretativo.


REPORTAGEM EM REVISTA
Narração em sucessão de fatos: reportagem de fatos.
Começando pelo fato atraente envolve o leitor – visualização de cenas.
Reportagem documental: mais pesquisa. Ordenação de maneira mais objetiva e expositiva – citação.

Nilson Lage
Reportagem investigativa (parte de um fato para revelar outros)
Reportagem interpretativa (“conjunto de fatos é observado de uma perspectiva metodológica de uma ciência– Sociologia e Economia.
A abertura deve ser envolvente, Menos convencional. Planejamento.
Sem lide, sem começo, meio e fim.

Ler p.83 –Início de Veja.
Ler trecho da reportagem de Carlos Alberto Libânio p.109



No caso do texto de reportagem:
h) Interpretação do fato: jornalismo extensivo e intensivo;
i) Investigativo interpretativo;
Para tanto: “visão de mundo”, entenda-se: leitura, conhecimento objetivo, senso de observação, capacidade de observação, capacidade de interpretar, de associar idéias e muita estrada.
j) Texto: mais bem trabalhado, quase se aproximando do texto literário; pontuação mais subjetiva, linguagem conotativa, emprego de jargões, gírias...
k) Tom (tonalidade): humor, drama, ironia... bem de acordo com o tema; (em jornal o tom seria a maior objetividade); “Modismo ou não, os ataques de vandalismo estão se multiplicando mais que promessa de político em época de eleição” (Veja)
l) Angulação (“rumo”) do texto (situação no tempo e espaço): Os moradores do morro terão razão em chorar a morte do traficante? Será um Robin Hood para os moradores?
m) Foco narrativo (ponto de vista): narrador-testemunha, narrador protagonista/ narrador onisciente, dramático: narrador apenas mostra o que as personagens falam ou fazem.
n) Maior destaque para os aspectos humanos (O personagem é um ser humano).
o) Sempre fornece exemplos, para deixar mais concreta a interpretação;
p) Narrativa: “reportagem de fatos” - fatos narrados em sucessão, por ordem de importância – forma de pirâmide invertida/ “reportagem de ação” – relato começa pelo fato mais atraente, e o que importa é o desenrolar dos acontecimentos, é envolver o leitor com a visualização das cenas. (chamada de descrição cinematográfica, pois as coisas estão em movimento diante dos olhos do leitor. / reportagem documental: se aproximamais da pesquisa; elementos ordenados de maneira objetiva e expositiva.
q) Abertura de matéria de revista tem que ser envolvente:
“Como pode um filho matar os próprios pais... – comentou o investigador Odair Zim numa delegacia de polícia na noite de sábado, 06 de fevereiro.
- O senhor tem filhos? – perguntou Constatino Cheretis, que estava ao lado de Zim.
- Tenho – respondeu o investigador.
- Então trate-os como amigo – advertiu Cheretis.
Constantino Cheretis, 20 aos. Extremamente nervoso. Sempre que os pais, gregos da ilha de Lesbos, o contrariavam, erguia os braços e enraiveça-se até que as veias saltassem nas têmporas. Na noite de sábado, diante de investigadores e do delgado Luiz Roberto Hellmeister, chefe da equipe A do Departamento de Homicídios de São Paulo, ele mostrava-se, no entanto, dócil e relatava com precisão e calma a forma como matara a facadas naquela tarde sua mãe, Metaxia, e o pai, Emanoel Constatino Cheretis. O estudante contou que se sentia pressionado em casa e descreveu sua vida doméstica como um cenário de repressão e insensibilidade com que apanhava do pai apenas por chegar tarde nos finais de semana. “Ganhei um soco na boca de presente de Natal. “Meu pai nunca foi meu amigo”, disse ele, já preso no 5º Distrito Policial. (Isto é)

Release

RELEASE
1.Características: 20 a 25 linhas em espaço 2, com 70 toques.
Título: de forma a poder ser cortado em três linhas, com no máximo 14 toques. (espaço).
Título quente, chamar a tenção. – lide; verbo (ação), presente simples é melhor.
Nome da empresa: se for notícia, inclui-se no título. Caso contrário, só será mera
propaganda institucional.

Exemplos:
1. Fiat atinge Empresa automobilística
70 por cento de produção atinge 70 por cento
nacional da produção nacional

Parágrafo: 4 ou 7 linhas e 2 pontos finais.
É bom aparecer um intertítulo na primeira lauda, se houver mudança brusca no texto.
Deve ser informativo. Sem opinião.
Melhor ordem direta.
Angulação;
a)Com a participação de professores universitários de todo o país, tem início amanhã (10) o X Congresso Nacional de Docentes de Pós-Graduação, promovido pela Faculdade Modelo, em Campinas, SP. O encontro será realizado nas dependências da escola, diariamente, com painéis pela manhã e mesas-redondas à tarde.
b)O ex-exilado Roberto Pereira abre amanhã (10) Campinas, SP, o X Congresso Nacional de docentes de Pós-Graduação, promovido pela Faculdade Modelo, em suas próprias dependências. As reuniões serão realizadas diariamente, com painéis pela manhã e mesas-redondas à tarde.
3. Tipos:
a) Coluna social:
b) Release-cortesia:
c)Release-convite
d)Release-brinde (Texto carta)
e) Release-depoimento
f) release greve:
LIMA, Gérson M. Releasemania, São Paulo, Summus Editorial, 1985.

O ESTADO DE SÃO PAULO – A/C EDITORIA GERAL
JORNAL DA TARDE – A/C EDITORIA GERAL
RÁDIO ELDORADO – CLEONTE PEREIRA DE OLIVEIRA

A Brastemp viu-se surpreendida por um movimento de paralisação de trabalho promovido por um grupo de cerca de 130 pessoas que, ativamente, tem coagido os demais a fazer o mesmo sob ameaças

Lamentamos ver, uma vez mais, uma minoria não representativa, porém bem instruída e determinada, conseguir intimidar uma maioria ordeira e trabalhadora.
Até este momento (9 horas da manhã do dia 25 de fevereiro) não recebemos sequer uma proposição ou reclamação que defina o propósito do movimento, que se apresenta sem sentido e sem lógica, já que os canais de comunicação da empresa com seus empregados e com o próprio Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo sempre estiveram abertos. E, seja por iniciativa da empresa ou por pedido de seus empregados, a empresa tem analisado e dado solução aos problemas que naturalmente surgem em uma comunidade de trabalho.

Com o próprio sindicato sempre mantivemos adequadas relações baseadas no respeito a uma entidade sindical designada por lei como negociadora em certas ocasiões em nome dos trabalhadores da empresa.

Por todas essas razões, repetimos termos sido surpreendidos por um movimento sem intenções claras e sem qualquer tentativa de prévio entendimento e não representativo do desejo da maioria que quer trabalhar.

A empresa mantém-se serena e firme dentro de seus princípios de sempre manter canais abertos ao entendimento dentro de uma condição de normalidade de trabalho.

Crônica

Crônica:
Origem etimológica: Cronos Deus do tempo : Cronos era filho de Urano (Céu) e Gaia (Terra) e casou-se com a irmã Réia. Urano e Gaia, conhecedores do futuro, predisseram que ele seria destronado pelos filhos que gerassem. Para evitar isso, Cronos passa a matar cada filho que nascia. A esposa Gaia engana-o e dá-lhe uma pedra no lugar da criança. A criança - Zeus -sobreviveu e deu uma droga que o fez vomitar todos os filhos que havia devorado. E liderou uma guerra contra o pai e derrotou-o. (O tempo engole tudo).

Origem do conteúdo:
Cronicões (Idade Média) – Gomes Eanes Zurara, Fernão Lopes, Rui de Pina.
A CRÕNICA
1.Texto de pequena extensão que, partindo de um fato do cotidiano, da atualidade. apresenta reflexões de ordem filosófica, social, política. Muitas vezes, carrega um aspecto humorístico, irônico. Na verdade, é uma continuação do gênero que José de Alencar e Machado de Assis já cultivavam no jornalismo dos fins do século XIX. Hoje, texto de enorme consumo. (Lima Barreto, João do Rio)
3. Drummond: O inútil tem sua forma particular de utilidade: pausa, descanso (vida muito corrida) – Melo - Jornalismo opinativo -p.155
4..Massaud Moisés: Caráter ambíguo, híbrido de jornalismo e literatura: meio termo entre o acontecimento e lirismo. “Filha do folhetim”
Estados Unidos: Human story (color story)

5. Lourenço Diaféria: Crônica e notícia.- ler – Melo – Jornalismo opinativo – p.162

Reportagem

A REPORTAGEM (Juarez Bahia)
Principal cobertura jornalística.
1. Toda reportagem é notícia; nem toda notícia é reportagem
2. Planejamento.
3. Equipe
4. Várias notícias/ Entrevistas para ilustração.
5. Divisão:
a)título: síntese, anúncio do fato
a) 1º parágrafo: clímax, principal da notícia, interesse impacto
b) desenvolvimento: resto da história, pormenorização cronologia do acontecimento, narrativa dos fatos.
6. Tipos de organização de matéria
a)pirâmide invertida – reportagem elaborada a partir do clímax para causar impacto.Importância decrescente.
(como um soco); repórter constrói a história de acordo com ordem de importância. Oferece mais liberdade de ação à diagramação; facilita a disposição visual das matérias e exposição mais clara.
b)Pirâmide normal: ordem cronológica – seqüência dos fatos, após o registro inicial daquele que é o ponto mais relevante – lide.
clímax e remate incisivo: combinação de pirâmide invertida e com ordem cronológica; repórter dá ao primeiro parágrafo o ângulo mais atual e dramático da história,seguindo a cronologia, rematando-a de forma a não perder o interesse.

Pautas ( Mário Erbolato)
Pauta sobre matéria quente: seca, greve dos bancários, a situação da Portuguesa de Desportos, times do interior
Pauta sobre matéria fria: lazer e tradições
Interesse humano: os jogadores de um time que caiu para a última divisão; a vida dos aposentados em Bauru, etc.

Gêneros Jornalísticos

Gêneros jornalísticos - MELO, José Marques de . Jornalismo opinativo (3ª ed.).Campos do Jordão: Editora Mantiqueira, 2003.


A) Jornalismo informativo
1. Nota
2. Notícia
3.Reportagem
4. Entrevista

B) Jornalismo Opinativo

5. Editorial
6. Comentário
7. Artigo
8. Resenha
9. Coluna
10. Crônica
11. Caricatura
12. Carta

Impress O título da notícia

A NOTÍCIA - TÍTULO
Fonte: Bahia, Juarez. Jornal, história e técnica – as técnicas do Jornalismo/ Manual de Redação de OESP

Título=arte – 1ª linha, 1ª oração ou 1ª frase de notícia, reportagem, análise ou editorial.
Importância: O título vende a notícia, jornal ou livro.
Observar: cada veículo tem critérios próprios para o título.
Função: resumir a notícia, destacando sua importância e provocando interesse imediato do leitor.
Aspecto visual: escolha das letras deve corresponder ao visual harmônico e objetivo que se espera.
Muita clareza.
Usar verbo de ação, evitar artigos, não repetir palavras e ser sempre afirmativo.
Cuidado com a subjetividade.
Evite adjetivação.
OESP
Não dividir palavras em duas linhas; usar o espaço destinado ao título;
não reproduzir as palavras iniciais do texto;
não usar o futuro do pretérito;
não usar ponto, exclamação,
não usar “Foi”, “É”; basta o particípio;
não usar pronomes oblíquos;
evite:
gerúndio;
títulos fracos: Vaticano divulga o balanço (o Vaticano teve prejuízo no ano anterior);
jogos de palavras: Chegada do Nobel da Paz traz anúncio de guerra.
Muletas: artigos, pronomes possessivos;
(Ver manuais de redação aqui do laboratório)

Median - Notícia, um produto à venda

MEDINA, Cremilda –
Notícia, um produto à venda – Jornalismo na sociedade Urbana e Industrial
!. Informação jornalística: Produto de Comunicação coletiva

História do Jornalismo:
a)Trânsito de informações na Grécia e Roma – pré-história;
b)desenvolvimento do comércio na I.M. em diante; origem do noticiarismo;
c)publicações periódicas – séc. XVII – jornalismo regular vinculado aos grandes centros urbanos.
d) Expansão do jornalismo : atividades urbanas:1º comerciais
2º industriais : hoje se identifica com . Comunicação de massa
Imagem que o homem faz de seu ambiente: moldada pela experiência. – até um tempo, restrita ao seu contato direto – pequena área geográfica.
Daí variáveis: Tempo e espaço – proximidade e memória. – informação jornalística se afirma na sociedade urbana e industrial.
e) recursos tecnológicos: começam a fazer parte das necessidades da industrialização – sistema econômico da base.. Daí: informação jornalística como produto de comunicação e de massa, comunicação de massa como indústria cultural, indústria cultural como fenômeno da sociedade urbana e industrializada.
f) teorização sobre informação jornalística: em busca da práxis –
corrente maias antiga: ascensão da burguesia – preocupações- liberdade de informação; daí, direito de informação; daí, o fazer jornalístico: manuais, compêndios.
Com rádio, TV –deslumbramento e espanto = expansão e potencialidade – pesquisas dos efeitos da comunicação coletiva
g)Escola de Frankfurt – Sociologia da Comunicaçãode Massa. – pessimismo em relação à comunicação de massa (indústria cultural), a “kitschização”.
Ciências: História, Sociologia, Antropologia, Lingüística, Teoria da Comunicação
Entidades que se preocupam: Universidades CIESPAL: Centro Internacional de Estudos Superiores de Periodismo (Quito – Equador)

A notícia - O lide

NOTÍCIA


Notícia: relato de fatos ou acontecimentos atuais, de interesse e importância para a comunidade, e capaz de ser compreendido pelo público.

NOTÍCIA= lide + documentação (entrada + corpo)

O LIDE
1) Primeiro parágrafo da notícia em jornalismo impresso, embora possa haver outros lides em seu corpo . (TV= cabeça-de- matéria). LAGE, Estrutura da notícia, p.16

2. Abertura de texto de notícia de jornal impresso, no qual se apresenta sucintamente o assunto ou se destaca o fato essencial, o clímax da história. Deve ser redigido de modo a “fisgar” o interesse do leitor para a leitura de toda a matéria. Na construção do lide, o redator deve responder a cinco questões básicas da informação: quê?, quem?, quando?, onde? Como?, por quê? - 3Q-CO-PQ. (Laswell)
a) Não se começa pelo verbo (exceções);
b) começa-se pelo sintagma nominal ou circunstancial mais importante; se o mais interessante é o sujeito (sintagma nominal sujeito) ou a ação em si, usa-se a ordem direta, isto é, começa-se pelo sujeito.
c) se o interesse maior recai sobre o objeto direto (o que o fulano disse): discurso direto e discurso indireto; se não for o caso de citações, usa-se a voz passiva, e o objeto direto se transforma no sujeito.
d) se recai sobre o objeto indireto, usa-se o verbo que tem relação de antonímia: Dar/receber
e) tempo verbal: pretérito perfeito: notícia é fato acontecido;
futuro: notícia anuncia fato previsto;
imperfeito: ação durativa, continuada.
raramente no presente
f) extensão: 8 a dez linhas de cerca de 5cm.

Vejamos os textos:

quadro resumitivo -Ferraretto-193-219

1.Notícia: Relato dos fatos ou acontecimentos atuais, de interesse eimportância para a comunidade e capaz de ser compreendido pelo público.
2 Características: atualidade, proximidade, pr0oeminência, universalidade.
Fluxo:
a)Fontes internas - equipe de reportagem, enviados especiais, correpondentes,
Fontes externas:
Informantes
Ouvintes
Agências de notícias
Outros veículos
Assessorias de imprensa
Internet
3.Emissora de rádio
Pauteiros
Chefes de reportagem - coleta ded informações: equipe de reportagem, correspondentes, enviados especiais.
Redação e edição: redatores, editores = ouvintes
4. Gêneros jornalísticos: informativo, opinativo, interpretativo
5. Estrutura da notícia:
Pirâmide invertida - lide, detalhamento
3Q+ O +C +P
6 . Recomendações gerais
1 - Texto: Escrever para ser ouvido.
a) tamanho do texto:seis a oito linhas -65 a 72 toques -
65 toques: 4 a 5 segundos - um minuto -12 linhas
72 toques: cinco segundos uma linha - cinco segundos
12 linhas - um minuto.
b) ordem direta
c) voz ativa
d) clareza
e) Tempo verbal - preferência pelo presente; evitar o futuro do presente- usar forma perifrástica.- Exemplos: p.210
f) singular
g) usar artigo
h) fontes e instituições:
-cargo + nome da pessoa
-instituição e não pessoa como fonte
- Simplificação do nome da instiuição
- cargos de políticos.
i) barras = / - vírgula - depende do padrão daemissora
// ponto
j) caixa alta - só noms próprios - depende do padrão da emissora
j)Siglas
l) números p.216 até 219.





3.

Auto-apresentação - Marcos Rey

Eu nunca fui criança. Quando tinha 20 meses, ouvi meu pai dizer que os tempos eram bicudos, e isso estragou tudo. Mas me lembro do quintal noturno em que, sentados em degraus de cimento, o velho me contava histórias das Mil e uma noites. Era uma rua pobre com fundos para uma rua rica. Imaginem, atrás de minha casa morava uma baronesa. Nas noites de calor, um perfume saltava o muro plebeu do encadernador de livros, que meu pai era. Devia ser jasmim-do- cabo, tão bom de ser respirado, que eu o aguardava e procurava, pelo quintal, durante todo o verão. Para mim, que já sabia das diferenças sociais, não era apenas uma fragrância vegetal mas o cheiro das coisas e do mundo da baronesa, separado de nós por um muro muito alto.
Acho que esse muro, separando duas casas e dois universos, ligados apenas por um ocasional perfume de jasmim, materializou cedo demais a realidade. Certa manhã, coloquei uma cadeira sobre uma mesa e encaixando o pé numa saliência do muro, arranhando as mãos, espiei - eu consegui - durante um instante e a casa já castelo da baronesa. Meio século depois, a cena ou fotograma não se deteriorou. O quase não visto era um gramado batidíssimo de sol, sobre o qual uma menina loura, de poucos anos, corria atrás dum cachorrinho branco sob a vigilância duma governanta, que gritava algum nome terminado em i, não soube se da garota ou do cão.
Depois... depois, nada. Nem me lembro, por que contei, Fanny, essas lembranças de baú. Talvez fosse o perfume do jarmim-do-cabo e o gramado da baronesa., o que vi e aspirei da infância, o que restou dela, pois em tempos bicudos as crianças já nascem velhas. É o que deve estar acontecendo agora, principalmente no Brasil.
Quando escrevo meus infantis é o que me pergunto: se escrevo para o menino sobre o muro, o espião da nanhã ensolarada, ou se para a menina loura do cenário da baronesa. A que lado do muro estou oomo escritor e a que lado estão os outros que escrevem?
Mas isso é uma auto-apresentação? Acho que não. Apresento-me, pois. Sou um escritor que gosta de cachorros de raça, foxes-blues e cereja de Martinis. Não tenho filhos porque quem escreve para crianças precisa de silêncio em casa. Para escrever, sento e escrevo. Às vezes, porém, fico de pé e escrevo. Sou machista romântico. Meu maior sonho era ter um harém, cercado de eunucos, todos do PDS. Mentira que escrevo também para adultos. Memórias de um gigolô e O enterro da cafetina escrevi para crianças do futuro. Mas não faço a cabeça delas, vendo-lhes
emoção.
Currículo? Fui redator de arádio, publicitário, jornalista, famoso roteirista de pornochanchadas (33), escrevi de tudo na TV, fui inclusive ghost-writer de telenovelistas consagrados, e no merchandising vivo de marca de lenço. E sou apsentado por tempo de serviço. Mas a máquina e a mesa ( o quarto todo, a casa toda) só vibram quando deixo de escrever para muitos para escrever para poucos: livros.
Mais? Ah, detesto coalhada.

Retrato- Cecília Meireles.

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim, calmo, assim triste, assim magro
nem esses olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
-Em que espelho ficou perdida a minha face?

Auto-apresentação - Fanny Abramovitch

Sou Fanny, de sobrenome Abramovitch, mulher ruiva, baixinha e charmosa... Educadora por vocação, de profissão e por acreditar piamente queno fazer pedagógico é onde se atua política e afetivamente... Apaixonadamente vou palestranno, prefaciando, dando aulas pelo país todo, joralistando, organizando coleções de livros para crianças e adultos, assessorando, escrevendo... Numa ou noutra atividade, busco é cutucar, inquietar, espantar, pôr tudo de ponta-cabeça, fazer duvidar e se acreditar como gente... Enfim, substituir o ponto final pelo ponto de interrogação e pelas reticências.
Sou trabalhadeira (até compulsivamente), com uma energia e um pique inesgotáveis... Inventadeira por excelência. busco o desconhecido para mim e me canso com os pedidos de ficar dando bis em cima do mesmo e antigo repertório... De uma coragem irritante (pros outros) e irritadiça, impaciente, cobrante (com os outros)...Uma cidadã em perpétuo estupor com a s coisas que por aqui se passam...
Dei, ultimamente, de organizar o curriculum de nãos (acho ótimo recusar bobagens, coisas que não accrescentam, que não fazem crescer, que não me trazem uma pergunta nova, uma emoção
palpitante, gente que continua lamuriando a mesma cantilena há décadas, com indecisões se arrastando e covardias se acumulando.
Não curto mesmo é padrão classe média de encarar e ser na vida, esta procura de uma segurança tacanha... Basicamente sou uma pessoa independente, o que é terrivelmente ameaçador pra todo mundo (o que sempre me deixa atônita e me aturde...) Cidadã em trânsito e free-lancer em todos os aspectos da vida.