Textos de revistas

O TEXTO DE REVISTA
Textos de revista
Periodicidade: semanal, mensal.

No caso da notícia:
a) Maior tempo para planejar e escrever – roteiro; pode-se escrever com arte.
b) Revista aborda o assunto e não o fato.
c) Verbos dicendi: alfinetar, cutucou, lamentou,etc; evitar a mesmice do “disse”, “afirmou”.
d) Ordem: depende da intenção; não há lide.
e) Revista Isto é, surgiu para concorrer com Veja; procurou ser mais original, com maior subjetividade, pessoalidade).
f) trechos econômicos
g)Mais importante sugerir do que mostrar:
Exemplos:”Naquele mês , aconteceram 23 arrombamentos de casas numa cidade que não passa de três quarteirões alinhados. Os esforços da polícia eram inúteis , e os moradores idosos morriam de medo de sair à noite. . JPA, cabelos escuros, uma ativa voluntária da comunidade e da igreja católica, mãe de três adolescentes, era tímida feito uma criança. Mas ela estava já cansada de se sentir vítima.”
Texto mais enxuto:
“JPA morava numa rua onde o crime havia se tornado comum, e os moradores mais idosos morriam de medo de sair à noite. Vinte e três casas foram roubadas num único mês. Mas JPA cansou de se sentir vítima.”
Frases mais curtas. Trechos com antíteses.
Texto de revista = mais investigativo e interpretativo.


REPORTAGEM EM REVISTA
Narração em sucessão de fatos: reportagem de fatos.
Começando pelo fato atraente envolve o leitor – visualização de cenas.
Reportagem documental: mais pesquisa. Ordenação de maneira mais objetiva e expositiva – citação.

Nilson Lage
Reportagem investigativa (parte de um fato para revelar outros)
Reportagem interpretativa (“conjunto de fatos é observado de uma perspectiva metodológica de uma ciência– Sociologia e Economia.
A abertura deve ser envolvente, Menos convencional. Planejamento.
Sem lide, sem começo, meio e fim.

Ler p.83 –Início de Veja.
Ler trecho da reportagem de Carlos Alberto Libânio p.109



No caso do texto de reportagem:
h) Interpretação do fato: jornalismo extensivo e intensivo;
i) Investigativo interpretativo;
Para tanto: “visão de mundo”, entenda-se: leitura, conhecimento objetivo, senso de observação, capacidade de observação, capacidade de interpretar, de associar idéias e muita estrada.
j) Texto: mais bem trabalhado, quase se aproximando do texto literário; pontuação mais subjetiva, linguagem conotativa, emprego de jargões, gírias...
k) Tom (tonalidade): humor, drama, ironia... bem de acordo com o tema; (em jornal o tom seria a maior objetividade); “Modismo ou não, os ataques de vandalismo estão se multiplicando mais que promessa de político em época de eleição” (Veja)
l) Angulação (“rumo”) do texto (situação no tempo e espaço): Os moradores do morro terão razão em chorar a morte do traficante? Será um Robin Hood para os moradores?
m) Foco narrativo (ponto de vista): narrador-testemunha, narrador protagonista/ narrador onisciente, dramático: narrador apenas mostra o que as personagens falam ou fazem.
n) Maior destaque para os aspectos humanos (O personagem é um ser humano).
o) Sempre fornece exemplos, para deixar mais concreta a interpretação;
p) Narrativa: “reportagem de fatos” - fatos narrados em sucessão, por ordem de importância – forma de pirâmide invertida/ “reportagem de ação” – relato começa pelo fato mais atraente, e o que importa é o desenrolar dos acontecimentos, é envolver o leitor com a visualização das cenas. (chamada de descrição cinematográfica, pois as coisas estão em movimento diante dos olhos do leitor. / reportagem documental: se aproximamais da pesquisa; elementos ordenados de maneira objetiva e expositiva.
q) Abertura de matéria de revista tem que ser envolvente:
“Como pode um filho matar os próprios pais... – comentou o investigador Odair Zim numa delegacia de polícia na noite de sábado, 06 de fevereiro.
- O senhor tem filhos? – perguntou Constatino Cheretis, que estava ao lado de Zim.
- Tenho – respondeu o investigador.
- Então trate-os como amigo – advertiu Cheretis.
Constantino Cheretis, 20 aos. Extremamente nervoso. Sempre que os pais, gregos da ilha de Lesbos, o contrariavam, erguia os braços e enraiveça-se até que as veias saltassem nas têmporas. Na noite de sábado, diante de investigadores e do delgado Luiz Roberto Hellmeister, chefe da equipe A do Departamento de Homicídios de São Paulo, ele mostrava-se, no entanto, dócil e relatava com precisão e calma a forma como matara a facadas naquela tarde sua mãe, Metaxia, e o pai, Emanoel Constatino Cheretis. O estudante contou que se sentia pressionado em casa e descreveu sua vida doméstica como um cenário de repressão e insensibilidade com que apanhava do pai apenas por chegar tarde nos finais de semana. “Ganhei um soco na boca de presente de Natal. “Meu pai nunca foi meu amigo”, disse ele, já preso no 5º Distrito Policial. (Isto é)

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